O QUE DIFERENCIA A BIBLIOTERAPIA DE OUTROS MODOS DE LEITURA?
Antes de abordamos este questionamento, é importante sabermos
que qualquer leitura pode vir a ter um efeito terapêutico, deste que o leitor
seja, de algum modo, levado a uma catarse, insight, conhecimento libertador e
coisas semelhantes. Então você pode se perguntar: para que a Biblioterapia?
Imagine quantos livros são publicados por dia e pergunte-se: qual o efeito que
cada um deles pode causar no leitor? É aí que a ajuda de um biblioterapeuta pode
ser de grande serventia. Além do que a necessidade de um leitor pode não vir a
ser sanada por qualquer tipo de livro e nem por qualquer estilo de escrita de
autores.
Dentro do tratamento biblioterápico há dois tipos de
abordagens, ou seja, duas maneiras de acontecer a Biblioteraia praticamente
tida: a) terapia em grupo e a clínica (em um “consultório”, não levando este
termo ao pé da letra, pois até em uma lanchonete, sorveteria... que permita um
espaço reservado para uma conversa pode servir de espaço para uma sessão terapêutica
da Biblioterapia.).
É importante saber que mesmo existido a pessoa do
biblioterapeuta, no entanto quem faz o trabalho mesmo de terapeuta é o próprio
livro, sendo o biblioterapeuta “apenas” um mediador. Mas não qualquer mediador,
pois é necessário ter domínios de técnicas que vai desde a estruturação da entrevista,
no caso clínico, até o acompanhamento da leitura e dos sintomas que a leitura
causou no paciente leitor. É importante esclarecer que cada paciente é único e
que, como qualquer tratamento, o tempo de tratamento assim como os medicamentos
(os livros) são próprios para esse paciente.
No caso da terapia em grupo, as coisas se modificam em
alguns, ou vários, aspectos, pois no grupo tem a voz e a experiência de cada
membro com relação à leitura que, desse modo, colabora para o crescimento do
grupo. E por trás de tudo que chega pronto no espaço do encontro do grupo há um
planejamento e discernimentos de metodologias apropriadas para os sujeitos
(membros) daquele grupo, pois serão observados muitos aspectos quem envolvem as
dimensões: sociais, socioeconômicas, socioculturais e até mesmo sociopolíticas,
entre outras.
Na terapia de grupo, assim como na clínica, o ponto chave
ainda permanece sendo a escolha do livro ou até mesmo o roteiro para encenação,
já que pode existir grupos que não dominem a técnica da leitura.
Então caro leitor, com esta leitura ficou mais fácil
compreender a diferença entre a forma de leitura comum e o ou os métodos da
Biblioterapia, pois esse foi o objetivo deste artigo.
Por: Edson Carlos de Sena - Biblioterapeuta
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